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Quanto mais viajo, mais me apercebo que estas coisas dos guias e roteiros tuísticos são muito relativos, uma vez que depende muito dos interesses de cada um. Ainda assim, são sempre super úteis, especialmente aqueles que ultrapassam os museus e dão a conhecer sítios que só os locais conhecem - e é isso que eu gosto, descobrir ruas, portas, edificios, paredes e detalhes.


Há umas semanas fui fazer uma viagem pela Europa. O primeiro destino foi Viena. Assim que marquei o voo e hotel, dei por mim a seguir todas as páginas de instagram de Viena para, através das fotografias, ver ruas e monumentos que queria visitar. Claro que também andei a pesquisar informações em blogues, Google e YouTube, óbvio. Tudo isto não só para guardar os locais a visitar mas também para procurar inspiração para fotografias - quem nunca?

A verdade é que por mais roteiros que vejamos, acabamos sempre por, durante uma viagem, criar o nosso próprio roteiro e hoje é isso que venho partilhar com vocês: todos os locais que visitei em Viena e os pontos de interesse.

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Bem, agora vamos começar com "o meu roteiro". Primeiro dia, 8 de Agosto, lá aterrámos nós por volta da 13h. Como já tinhamos lido de que forma nos deslocarmos para a cidade, foi fácil. Dirigimo-nos para o metro e apanhamos o S7 que nos levava até ao centro da cidade (Wien Mitte, também conhecido por Landstraßer nos mapas do metro) por apenas 3,90€ e demorou cerca de 25 minutos - também havia a opção do CAT, outro metro que demora apenas 16 minutos, por 11€. 

A morrer de fome e, sem conhecer ainda nada na cidade, aproveitámos o centro comercial que se encontra à saída da estação para almoçar - advinhem onde ... Mc Donalds, óbvio (por acaso sou cada vez menos apreciadora, mas a verdade é que dá sempre jeito quando se viaja). Depois, lá seguimos caminho para o hotel visto que já estava quase na hora do check in. Apanhámos o metro (2,20€) e lá fomos. 

O nosso hotel para este primeiro destino não podia ter sido melhor: Pension Mozart. Provavelmente, não é o que mais interessa, mas tenho de falar da decoração. Mal entrámos, uma série de pormenores nos saltou à vista: desde a máquina à entrada para engraxar sapatos, a cesta de fruta para os hóspedes se servirem, os chapéus de chuva (que pareceu estranho em pleno verão, mas no último dia acabou por dar muito jeito). Enfim. Uma série de elementos vintage e aleatórios que nos deixavam num ambiente estranhamente confortável, quase como se estivessemos em casa de uma avó. Só conseguia imaginar aquele sítio no Bairro Alto. Anyway, uma pensão super bem localizada (mesmo perto do centro), caseira e uma qualidade-preço excelente.

No primeiro dia, visitámos apenas o Naschmarkt, que se localizava a 5 minutos da pensão. Para ser sincera, como já tinha ouvido falar tão bem do mercado, fiquei muito desiludida. No fundo, o que era aqui vendido eram só coisas à volta de especiarias (os cheiros remetiam-me para o Grand Bazaar em Istambul), muitas abelhas e alguns restaurantes (com um aspeto não muito apelativo). O resto do dia aproveitámos para explorar um pouco a cidade e procurar um sítio para jantar, porque queríamos provar o tão famoso schnitzel. Infelizmente, o restaurante onde pensámos ir estava fechado e para a segunda opção tinhamos um paquistanês - Der Wiener Deewan -, onde há buffet, vocês comem o que quiserem e, no final, pagam apenas aquilo que acham justo (uma ideia super interessante, diferente e atrativa para quem tem um budget), mas, mais uma vez, este estava também fechado para férias. Depois de 11km e já super cansados, acabámos num italiano - La Delizia - pelo qual já tinhamos passado. As pizzas eram ótimas ótimas - talvez pelo facto de o restaurante pertencer a um verdadeiro italiano ahah. 

Segundo dia, 9 de Agosto. Para este dia o plano era alugar uma bicicleta através do citybike wien onde pagam apenas 1€ e podem andar de bicicleta sem pagar durante 50 minutos (no fundo o que se podia fazer era andar 50 minutos, depois fazer uma paragem de 15 minutos e assim consecutivamente). Ah, e é também retirada uma caução de 20€ (para o caso de se estragar a bicicleta ou assim). Basicamente, ao longo de toda a cidade têm vários pontos onde há uma máquina (onde inserem o vosso cartão) acompanhada de várias bicicletas. Assim onde quer que estejam podem apanhar a bicicleta num ponto, andarem por onde quiserem e deixarem-na num ponto completamente diferente - uma ideia muito fixe e que dá imenso jeito. No entanto, é necessário ter cartão de crédito para utilizar o citybike e só dá um por pessoa - o nosso grande problema, visto que só tinhamos um cartão de crédito. Por isso, desistimos da ideia neste dia e no seguinte acabámos por ir até uma estação mais longe onde se podia pedir um cartão para turistas, no valor de 2,50€, e a funcionalidade era extamente a mesma explicada em cima. A única diferença, para além do valor, era que se tinha de ir devolver o cartão ao final do dia (quando era também devolvida a caução de 25€, neste caso).

Dito isto, no segundo dia acabámos por fazer tudo a pé. Começamos por passar por Hofburg - um grande palácio imperial -, vimos também a Ópera e acabamos a manhã a passear pela Kärntner Straße - uma rua enorme repleta de lojas e restaurantes, como a Rua Augusta -, e por toda a zona aqui ao pé onde pudemos ver a Catedal St. Stephan (podem entrar nesta catedral e subir até lá acima por 5,50€).  Nesta manhã fomos também passando por praças e ruas giríssimas onde vemos as carroças e ouvimos o galope dos cavalos - cenas completamente saídas de um filme. À tarde fomos até ao Stadpark para nos encontrarmos com uma colega do André de Erasmus e aproveitámos para lhe pedir algumas dicas e opiniões sobre a cidade. Depois deste encontro fomos até ao Hundertwasserhaus (que podem ver na imagem abaixo).


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Para jantar e terminar o dia da melhor maneira, fomos provar o famoso schnitzel ao Centimeter Restaurant. Era delicioso!!! Aconselho muito virem a este restaurante se estiverem por Viena e, aproveito também para dizer, que dá para dividir um prato à vontade - as doses são enormes mesmo, eu fiquei com almoço para o dia a seguir e ainda sobrou.

Ah, e nós andámos sempre a pé. Sejamos sinceros, por muito que custe, é a melhor maneira de se conhecer uma cidade. Nós andámos por dia sempre à volta de 11-15km. Chegavamos sempre exaustos ao hotel no fim do dia, mas acabou por valer a pena.

Penúltimo dia, 10 de Agosto. Como vos expliquei acima, neste dia, recorremos ao citybike e lá fomos nós. Começamos a manhã a visitar o Palácio de Belvedere - depois, ainda considerámos ir ao Palácio Schönbrunn, mas a Laura tinha dito que não era nada de especial e como ainda ficava bem longe e fora de mão, optámos por não ir. O próximo destino foi o parque de diversões Prater. A entrada neste parque é gratuita e só têm de pagar as atrações que variam entre os 2,50€ e os 5€. Neste parque também podem visitar o Madame Tussauds. O parque é brutal, tem imensas atrações - para todos os gostos e medos - e pareceu ser super divertido. É uma ótima opção para quem gosta deste tipo de aventura! Infelizmente, minutos depois de termos chegado, começou a chover e levantou-se imenso vento - quase uma tempestade tropical.

À noite aproveitámos para ir dar um passeio pelo centro (Kärntner Straße) e eu queria, principalmente, ir ver o edifício da Ópera porque já tinha visto em fotografias que à noite era lindíssimo - e isso comprovou-se. Esta noite foi uma aventura, literalmente, de um passeio ao som de um violino por aquelas ruas incríveis, acabámos num episódio estilo investigação criminal e a partir disso foi sempre a piorar (só dá para rir). Se quiserem saber tudo o que aconteceu, vejam aqui

11 de Agosto, último dia, decidimos ir procurar souvenirs e passear pela cidade para visitar algumas coisas que nos tinham passado ao lado como o Parlamento, Petersplatz, Michaelerplatz, Universidade de Wien (o edificío é bonito), City Hall (também conhecido como Rathaus, onde estava a haver o film festival) e ainda o Museu Criminal. Neste dia, como não tinhamos onde deixar as malas e não dava jeito andar com elas a passear por Viena, deixámos na estação Hauptbahnhof por apenas 2,50€ - existem várias estações com cacifos, mas esta é a maior e, consequentemente, a que tem um maior número de cacifos também.

Terminada esta viagem a Viena, ao final do dia, apanhámos o autocarro da FlixBus (por apenas 5€) para Bratislava. Aproveito para deixar aqui uma sugestão e uma dica: a FlixBus é uma rede de transportes que faz viagens entre países da Europa a preços super baratos (e a melhor parte, para além do preço baixo, é que os autocarros têm wi-fi e tomada para carregar telemóveis ou computadores, ou seja, todo o conforto que poderiamos querer).  

Podem ver as fotografias destes locais pelo meu instagram ou até no youtube, onde fiz dois vlogs. Já agora, digam-me se gostavam de ver um travel diary fotográfico desta viagem aqui pelo blog!

3 comentários

  1. Eu fiquei hospedado em Naschmarkt e adorei aquelas redondezas. Jantei lá duas vezes - no mesmo restaurante - e fiquei bastante satisfeito, se bem que o preço era um bocado puxado, tal como no resto da cidade. Infelizmente não consegui ir ao Prater nem ao Hundertwasserhaus, mas em contrapartida fui ao Museu Albertina e ao SchonBrunn e adorei.
    Quanto à Flixbus, subscrevo!! Só tenho a apontar um defeito mas também foi algo pontual: ter feito Praga-Munique e ter chegado uma hora atrasado a Munique, o que me ia fazer perder um voo.

    Adorei as fotografias e o post em si, está super prático e falaste de todos os locais que se devem visitar em Viena! :) Parabéns.

    João,Náměstí J

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  2. Que maravilha! :) E, já agora, belíssimas dicas.

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  3. estive em vienna +/- na mesma altura que tu, espera um post meu sobre isto também :p

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